via Pintando o 7 de Pintando o 7 em 07/08/09
Sensação de liberdade
Com paredes a menos e armários a mais, o apê de 75 m² ficou espaçoso e repleto de lugares para guardar livros, sapatos, CDs... Um canto perfeito para a estudante de moda Fernanda Bueno celebrar uma nova fase da vida – e sua independência
Texto Natalie Antar. Repórter de imagem Juliana FanchiniUm apartamento amplo – mesmo tendo 75 m² –, clean, com um toque fashion e que tivesse espaço suficiente para guardar, de forma organizada, suas grandes paixões: os sapatos, os livros e as centenas de CDs. Quando a estudante de moda Fernanda Bueno, 35 anos, pensou em sair da casa dos pais, era esse o seu sonho para o primeiro imóvel. Ela encontrou-o no Morumbi, em São Paulo. Mas o desejo só foi cumprido depois de a designer de interiores Lidia Damy Sita sugerir que três paredes do apartamento fossem quebradas, reduzindo o número de cômodos e aumentando a metragem da sala, que ficou com 28 m², mais a abertura para a cozinha, que possui 7 m².
"Eliminamos um quarto, que virou a sala de TV. Ali, colocamos o home theater, uma estante para o computador, objetos de decoração e gavetões, que acomodaram os 330 CDs, além de um confortável sofá com chaise", afirma Lidia. Um truque usado pela designer foi a construção de um painel de madeira freijó, que esconde a janela nesse ambiente. "A vista do antigo quarto dava para a área de serviço do prédio do lado. Utilizamos esse recurso para valorizar e aquecer a sala de TV."
Os tons naturais prevalecem na varanda. Sobre o banco rústico, R$ 300, comprado de um vendedor de rua, almofadas da Divinas Peças do Brasil, mesma loja da passadeira, R$ 120. Vasos com zamioculcas da Anni Verdi | Observe que o painel de freijó, que corre em trilho, esconde a janela de onde se vê a área de serviço do prédio vizinho |
Azul, branco e off-white predominam na sala de Fernanda Bueno (foto). Sofá Flipper com tecido adamascado, de Fernando Jaeger, a partir de R$ 2.350. Almofada Empório Beraldin. As mesas redondas de centro e lateral são da Kartell, R$ 1.056 cada. Abajur da Bertolucci, R$ 750, e objetos da Benedixt, Zona D e Arango. As mesas retangulares são da Artefacto Basic, R$ 1.368 cada. Tapete Hemp natural, da By Kamy Out, R$ 7.500. Na parede, tela de Plínio Pereira, vendido na Mônica Filgueiras Galeria de Arte, R$ 6 milNa parede, tela de Plínio Pereira, vendido na Mônica Filgueiras Galeria de Arte, R$ 6 mil | A divisão entre a cozinha e a sala é feita com uma mesa da Artefacto Basic (fora de linha), entre duas torres que servem de armários. Sobre a mesa, saladeira Benedixt, galeteiros Empório Carol Martini, prato e copos Roberto Simões Casa e jogo americano Roupa de Mesa. O pendente de cristal com cúpula preta transparente é da Puntoluce, R$ 1.295. Bancos com capas roxas, de Fernando Jaeger, R$ 394 cada |
A parede que dividia a sala da cozinha também foi eliminada. No lugar, foram erguidas duas torres que servem de armários para louças e copos. Entre elas, uma mesa com tampo de vidro foi estrategicamente colocada. A entrada para a cozinha continua na lateral.
O piso do apartamento, de madeira cumaru, foi reaproveitado, pois estava em bom estado. "Nas emendas do chão onde as paredes foram quebradas, completamos com pastilhas de vidro na cor preta. Isso reduziu o custo da obra e deu um toque moderno ao ambiente", afirma a designer de interiores.
Um lugar para armazenar, em ordem alfabética, seus 330 CDs, foi uma das exigências de Fernanda Bueno. No móvel do home, que tem 3 m de largura, 2,30 m de altura e 0,50 m de profundidade, duas gavetas acomodam os discos de forma ordenada | O antigo quarto virou sala de TV, próxima ao armário divisório com base de pastilhas pretas, que combinam com a faixa no piso onde antes tinha uma parede. Ao lado deste, a estante de laca branca organiza 250 livros. Ao fundo, móveis importantes na casa: o painel de madeira, atrás da TV, e prateleiras de laca branca. Toda a marcenaria do apê foi feita pela Woodesign e saiu por R$ 30.900 |
Para contrastar com o branco da cozinha executada pela Woodesign, foi aplicado granito preto São Gabriel sobre a pia. Cadeira preta da Artefacto Basic, R$ 905,80. Repare na divisão esperta entre o piso de cumaru da sala e o de cerâmica da cozinha. Onde antes tinha uma parede, hoje existe uma faixa de pastilhas | O branco total do quarto, que tem 12 m², é quebrado com o marrom e o vermelho do edredom da Splendore, R$ 1.490. Abajur da Tok & Stok e vaso cromado da LS Selection |
Para acomodar os sapatos e as botas da proprietária, o quarto ganhou um armário com gavetas especiais. "O apartamento é minha cara, é tudo o que eu sempre imaginei. Um lugar sem muitas paredes, mas com estantes e compartimentos para eu guardar as minhas coisas. Além disso, optei por poucos móveis. Isso me dá uma sensação de liberdade", conta Fernanda.
A designer de interiores Lidia Damy Sita desenvolveu, a pedido da proprietária, gavetas especiais dentro do armário para serem guardados, de forma organizada, os sapatos e as botas. São quase 70 pares |
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Preços pesquisados em dezembro e sujeitos a variações
A vida em equilíbrio
Materiais naturais combinados a tons terrosos, verde e fendi organizam visualmente este dúplex de 320 m², em São Paulo. A madeira de demolição está nos pisos, nas paredes e nos móveis. Em contraste, estantes de laca branca destacam a simetria entre os objetos
Texto Marilena Dêgelo. Repórter de imagem Viviane GonçalvesMais do que dispor a harmonia entre os móveis e os objetos, a arquiteta Marina Linhares reorganizou os cômodos deste dúplex de 320 m² no Alto de Pinheiros, em São Paulo. "Para o casal que tem duas filhas pequenas e adora receber, fiz mudanças estruturais no projeto original. Concentrei a área social em cima e a íntima embaixo", diz ela, que usou madeiras de demolição em pisos, paredes e móveis para dar continuidade e amplitude aos espaços de convivência.
A estante laqueada (6,20 x 0,40 x 2,60 m), R$ 17.800, ocupa uma parede inteira do lounge, com poltronas Braz, R$ 4.850 cada, de Carlos Motta. Mesa de centro Aranha, R$ 6.300, da Etel Interiores. Banquinho colorido de Vera Souto, quadro laranja da Galeria Mônica Filgueiras e flores de Maristella Nicolosi. As coleções e os objetos comprados em viagens são expostos nos nichos altos. Livros e revistas ficam nas prateleiras, deitados ou em pé, separados por assunto. Nos vãos maiores, a arquiteta colocou quadros e montou um bar, com bandeja, garrafas e copos | Para ajudar na organização visual, a arquiteta usou acabamentos rústicos e o mesmo material na parede, armários e móveis. No terraço, a churrasqueira é revestida de cimento queimado. A parede, os móveis e as portas do gabinete são de cruzetas. Piso de cerâmica da Lepri. Toalha de mesa e objetos da Pepper |
Para guardar os objetos, as vedetes são as estantes de laca branca, que forram paredes inteiras. "As estantes grandes humanizam os espaços amplos", afirma Marina. Nelas, a arquiteta cria nichos e prateleiras de acordo com o tamanho das peças. No primeiro pavimento, a sala, ampliada para a varanda de pé-direito duplo fechada com vidro, recebeu móvel de TV com gavetas com altura adequada para guardar CDs e DVDs.
De freijó lavado, a mesa de jantar Mineira, R$ 15.950, está acompanhada de cadeiras Astânia revestidas de couro na cor vermelho-ferrugem, R$ 2 mil cada. Tudo da Etel Interiores | Antes de pregar os quadros na parede, Marina coloca-os no chão e cria a paginação, alinhando-os pelo centro e deixando 5 cm entre cada um. As molduras e os temas determinam as posições dos quadros. As gravuras de viagens, com molduras de madeira natural e pintadas de preto, da Fast Frame, estão agrupadas na mesma parede, ao lado da janela antiga de pinho-de-riga com espelho. Pufe La Novitá Couros |
A pintura da parede no mesmo tom lilás das estampas da colcha e do tapete dá leveza ao quarto. A cama e o criado-mudo do quarto das filhas foram executados pelo marceneiro da arquiteta. Tapete, R$ 374, da Rugs for Kids. Colcha e abajur da Pottery | O painel em continuidade com o piso da mesma madeira dá amplitude ao ambiente. A parede é revestida com peroba-rosa de demolição, R$ 250 o m², da loja O Relicário. Tapete kilim indiano, da Tabriz. Abajur, R$ 450, da Le Lis Blanc Casa |
No segundo andar, o lounge, entre a sala de jantar e o terraço com churrasqueira, ganhou uma enorme estante. Ali, a arquiteta dispôs em equilíbrio livros, gravuras e peças compradas em viagens, que contam a história da família. Para reforçar a organização visual, além da laca branca em contraste com a madeira rústica, ela usou fibras naturais e tons terrosos, verde e fendi para pontuar a decoração de todos os ambientes.
Exemplos de perfeita ordem
Para não atrapalhar a conversa, apenas objetos baixos ficam sobre a mesa de centro, da Artefacto Beach & Country. Pincéis chineses e colares da Le Lis Blanc Casa | No móvel da TV, as gavetas têm altura de 23 cm para organizar em ordem alfabética os CDs e os DVDs. Os puxadores são da Le Lis Blanc Casa |
No closet do casal, os pares de tênis são guardados em suportes, encontrados na Etna, pendurados no mesmo cabideiro das calças | Na despensa, os nichos verticais com 15 cm de largura x 64 cm de altura guardam em pé bandejas e baixelas, que são difíceis de empilhar |
Pufes
Eles são uma ótima escolha para o convidado extra se sentar ou para injetar alegria na decoração. Com estampas e cores vistosas ou com o calor do trabalho manual, dez pufes bons de ver e de usar
Repórter de imagem Juliana Fanchini Pufe de lã trançada produzido pela Oferenda Objetos e encontrado na A Lot Of por R$ 440. (54 x 48 cm) | Belagio, de linhão listrado, da Futon & Home, R$ 278. (42 x 30 cm) |
Poiret, revestido de crochê, da Zizi Maria, R$ 698. (87 x 25 cm) | Rose, da grife italiana Missoni Home, de algodão com alça de couro, na Firma Casa por R$ 1.630. (40 x 30 cm) |
Poá, de algodão, da Hits Kid's Teens, R$ 359,28. (59 x 53 cm) | Brasília, de linho bordado, com laterais plissadas, uma criação de Cyra Lobo por R$ 1.788. (39 x 44 cm) |
Pufe octogonal de algodão estampado, da Ana Morelli, R$ 1.100. (65 x 37 cm) | Buddy, de couro sintético, da Tok & Stok, R$ 94. (71 x 40 x 40 cm) |
Trevo, feito de retalhos de algodão e malha presos com fita, da Santa Graça, R$ 600. (52 x 26 cm) | Pufe indiano de patchwork de algodão, com bordados, da Mimi Soffer, R$ 395. (85 x 16 cm) |
Sinfonia de tons e formas
Tudo se equilibra neste apê de 70 m². Cinza em gradações, arte e peças caras ao lado de achados econômicos e linhas torneadas como contraponto à hegemonia reta dão o clima harmônico, quase musical
Marilena Dêgelo. Repórteres de imagem Juliana Fanchini e Nuria UlianaComo gosta de receber, Marcelino eliminou um dos dois quartos para ampliar a sala, que era em "L", e criar uma suíte confortável. Na decoração, ele escolheu cores neutras. Colocou assoalho de madeira clara e pintou as paredes de branco e em tons de cinza, que ampliam. Depois entrou com os móveis, a maioria em branco e preto. Em todos os ambientes, o arquiteto mistura peças contemporâneas e antigas, compradas em feiras de antiguidade e brechós, mantidas por ele do jeito original. "Não restauro porque tira a história. Só reformei uma poltrona de época que encontrei, na rua, já quebrada. Mas deixei-a preta para ficar uma silhueta do que era", diz.
Com acabamento de laca, o mobiliário fixo e as portas custaram R$ 25 mil, na Marcenaria Rubyart. Almofada, R$ 273, do Empório Beraldin. Garrafas, R$ 140, R$ 195 e R$ 160 (da esq. para a dir.), de Paula Almeida |
A mesa de jantar e as cadeiras, R$ 150 cada, são da extinta House Garden. Lustre GE, R$ 1 mil, da Kartell. Os potes de porcelana branca Seletti são da Benedixt, R$ 87 o menor e R$ 119 o maior. Sobre o aparador, escultura de Farnese de Andrade. Quadro de José Pedro Costigliolo |
Dicas
24. Como a janela da sala não tem vista boa, o arquiteto jogou as atenções para a estante, na parede oposta. O móvel tem tudo de que ele gosta: TV, livros, arte e design.
25. Os ambientes são definidos pelos diferentes tons de cinza. Na parede central, que é o fundo na estante, o grafite dá sensação de profundidade à sala.
26. O que combina na estante? De forma harmoniosa, é possível colocar de tudo, até um Playmobil. Repare que os vazios têm importância e que peças simples mesclam-se a objetos sofisticados.
27. Peças caras de design, como o lustre, misturam-se com outras, de custo baixo, como as cadeiras.
28. Como é pequeno, o quadro não fica centralizado na parede, mas alinhado ao aparador.
29. Ordem invertida. Como o morador só encontrou na loja quatro cadeiras com braço e duas sem, estas foram para as pontas da mesa, contrariando a regra.
30. O rodapé de perfil metálico tem 1 x 1 cm e está embutido na parede. O artifício dá limpeza visual.
"Até cansa ter tudo clássico e original. O legal é a mistura "
37. Os quadros estão alinhados na parede, dando a ideia de uma peça única. O grande, apoiado no chão, revela despojamento.
38. A tinta acrílica fosca cinza-clara não reflete nem mostra as imperfeições da parede.
39. Para neutralizar o dente formado pela coluna, o arquiteto fez o criado retangular e da mesma largura.
40. A cama, a cabeceira e o criado baixos dão a sensação de pé-direito alto. Para o espaço parecer mais amplo, a cabeceira passa a cama e tem a largura da parede, até a coluna.
41. Quer aconchego no quarto? Coloque ao lado da cama uma foto de família.
42. As linhas retas são quebradas pela mesa com pés torneados, usada em contraponto ao outro criado. Como é mais alta, apoia a luminária menor, dando equilíbrio ao quarto.
43. Com criatividade, o arquiteto fez as almofadas com amostras de tecidos do catálogo de uma loja extinta, a Formatex.
Jardim no assento
Por Thaís Lauton
| Já que as flores não dão as caras no outono, o banco Flor, da Loja Loja, colore qualquer canto. A peça tem assento emborrachado, mas ainda assim só é indicada para varandas. Preço: R$ 180. Tel. (11) 3120-5320, São Paulo, SP; http://lojaloja.blogspot.com. |
Alta-costura na decoração
Por Thaís LautonPrada, Giorgio Armani, Hugo Boss, Louis Vuitton, Chanel e Dior já experimentaram as criações da suíça Jakob Schlaepfer em seus looks de moda. Agora a conhecida grife têxtil aporta no Brasil com uma coleção para a casa, trazida pela Safira Sedas. A linha tem desde blackouts estampados com composições tridimensionais até tecidos com efeito de papel de parede (foto), a partir de R$ 2.246 o metro. Os padrões passeiam por estilos e épocas, a exemplo da estampa francesa à Maria Antonieta ou das impressões coloridas orientais. Tel. (11) 3081-5146, São Paulo, SP; www.safirasedas.com.br.
Preços pesquisados em abril e sujeitos a variações
O porta-retrato mudou
As molduras tradicionais que se cuidem – e se reinventem! Espelhos, bandejas, fôrmas, pratos e potes de vidro viram suportes criativos para fotografias. Exponha as suas
Repórter de imagem Ana Claudia Marques MÚLTIPLAS POSSIBILIDADES Em papel fotográfico ou adesivo, imagens podem enfeitar diferentes cantos da casa, em variados suportes. Estas são da fotógrafa Iara Venanzi | VIDROS ILUSTRADOS Fotos impressas em papel especial pela Tergoprint (preço sob consulta) foram parar dentro de potes de geleia. Nas medidas 35 x 20 cm, 18 x 15 cm e 13 x 11 cm, as fotografias foram apenas encaixadas dentro dos vidros, que estão de boca para baixo na prateleira |
LEMBRANÇAS FELIZES A família (cachorro incluído) dá as caras nas peças da Minha Avó Tinha: porta-cartão retangular de prata argentina (esq.), R$ 250, suportes redondos pequenos, R$ 80 cada, modelo redondo prateado, R$ 80, e bandeja retangular média, R$ 80. As imagens são da Tergoprint e a impressão em papel fotográfico dupla face ficou a cargo da Capovilla, por R$ 1, R$ 1,10 e R$ 3,50 a unidade. Como fundo, tinta azul Mar Esplendor, da Coral | PRATOS AMIGOS Imagens impressas em papel fotográfico sépia e recortadas em círculo foram pregadas com fita adesiva em peças brancas, com estampa e colorida. À esq., modelo Marta torneado, R$ 79, da Secrets de Famille. À dir., com desenhos em preto e branco, exemplar francês da Schultz Boldrini Antiquário, mesma loja da louça portuguesa com borda rosa (preços sob consulta). Também da Secrets de Famille, prato provençal branco redondo, R$ 36, e pires Margarida, R$ 42 (com a xícara). |
MAIS GRAÇA NA COZINHA Na parede, da esq. para a dir., tampa de assadeira, R$ 11,05, forma para torta, R$ 6,41, e forma de pão, R$ 5,20, da Multi-Nox. As imagens de culinária foram impressas em película adesiva pela Tergoprint (preço sob consulta) e coladas em papel-cartão. Ficam presas por jacarés, que perpassam as formas em furos feitos com furadeira. Outra opção é usar prendedores de crachá encontrados em papelarias | SEGREDOS DE PENTEADEIRA Os espelhos de mão receberam fotografias de igrejas e monumentos. As imagens são da Tergoprint e a impressão em papel dupla face foi feita pela Capovilla, R$ 1 e R$ 2 a unidade. Da Minha Avó Tinha, espelho dourado (esq.), R$ 120, dourado com haste de acrílico, R$ 150, inteiro prateado, R$ 250, de prata com cabo branco, R$ 120, e de bronze, pequeno e torneado, R$ 80. É possível fazer o mesmo trabalho usando papel fotográfico comum. Neste caso, a foto é fixada com fita dupla face |
Agradecimentos: La Provence (cadeira, cômoda, jarra e fruteira) e Minha Avó Tinha (tigela tipo concha)
Agradecimentos: La Provence (prateleira)
Agradecimentos: Secrets de Famille (mesa-bandeja e vaso)
Agradecimentos: Spicy (batedeira, bowls e medidores)
Agradecimentos: La Façon (sais, sachês, saboneteira e bálsamo) e La Provence (bandeja)
Preços pesquisados em abril e sujeitos a alterações
Cubos novos
Por Thaís LautonQuem não pôde conferir a mostra brasileira Brasil é Cosi, em Milão, pode ir à Casa Plural, no Rio de Janeiro, e ver uma das peças criadas especialmente para a mostra. A mesa São Cristóvão, assinada pela dupla Leonardo Lattavo e Pedro Moog, da Lattoog Design, ganhou uma versão cubo. A peça de 42 x 42 x 42 cm é inspirada nas grades e guarda-corpos de ferro fundido das casas dos anos 1960 e 1970 e custa R$ 1.200. Tel. (21) 2497-3725, Rio de Janeiro, RJ.
Preços pesquisados em abril e sujeitos a variações
Euroluce: ecochique
A cada dois anos, o Salão do Móvel cede espaço para os lançamentos em iluminação na Euroluce. Nela, chamaram a atenção as luminárias com design para lá de sofisticado feitas de materiais duráveis e recicláveis
Texto Guilherme Aquino, de Milão
| Milão se ilumina a cada dois anos, quando o Salão Internacional do Móvel foca na luz. É tempo de Euroluce. E a mensagem, desta vez, é bem clara: economia em todas as direções. As luminárias devem durar muito tempo, acesas ou apagadas, não importa. E o seu fim aciona, automaticamente, o começo do processo de reciclagem de suas partes para a construção de uma nova peça. A lâmpada ideal é um produto realizado com baixo consumo de matéria-prima – de preferência, aquela ainda longe das vias de extinção e dentro das normas de conservação e ecossustentáveis. Ela ainda tem de ser bela e, se possível, multifuncional. Os leds avançam velozmente na conquista definitiva do território antes dominado pelas lâmpadas com filamentos incandescentes, que batem em retirada por conta de uma lei europeia, já em 2010. Os leds de agora possuem alto rendimento e poupam até 90% da energia elétrica. E se esse pontinho de luz dita as regras, ele acaba cedendo os seus encantos a mil e um experimentos em formas e cores diversas. |
Da marca Moooi veio a Brave New World Lamp, design de Freshwest. Como na montagem de um Lego, a peça é resultado da soma de inúmeros pedaços de madeira, no caso, carvalho. Da base ao final do longo braço mecânico são 1,80 m de altura. O equilíbrio é dado por dois pesos de ferro. Brave parece homenagear os antigos andaimes de madeira. É o esqueleto do design | A Cosmic Leaf, de Ross Lovergrove para a Artemide, tem a forma de uma folha e a superfície desenhada como se fosse uma pele coberta de escamas. As luzinhas leds embutidas criam um belo efeito cromático com jogo de sombras. Possui estrutura de aço cromado, difusor de metacrilato transparente e texturizado |
Eyris-Pendent-luminaire, da Swarovski. É toda feita de cristais e lâmpadas halógenas. Duas elipses entrelaçadas criam o símbolo do infinito. Exuberância luminosa multiplicada pelos prismas de cristal | 16 lâmpadas leds ficam entre as dobras da luminária Skin, design de Paul Cocksedge para a Flos, que lembram páginas de um livro suspenso |
A Domo Amsterdã, criada por Franco Raggo, da Barovier & Toso, é produzida na mítica ilha de Murano, em Veneza. O vidro soprado pelos antigos artesãos imprime, ao estilo barroco, a modernidade do terceiro milênio, depois do polimento dos excessos 16 lâmpadas leds ficam entre as dobras da luminária Skin, design de Paul Cocksedge para a Flos, que lem-bram páginas de um livro suspenso | Wilbert Das e Grupo assinam a Rock, da grife Diesel, lançada pela Foscarini. É feita de policarbonato laqueado e possui lâmpada fluorescente. Rock é assimétrica nos seus multifacetados talhos externos e internos |
Harmonia e coerência
"Amamos os móveis de linhas retas, estilo francês moderno, e a madeira escura, que deixa o espaço chique."
"A mesa redonda é melhor para conversar, mas nem sempre é adequada para a área da sala de jantar."
"Entre as cores intensas, gostamos do verde-bandeira, porque fica bem com o branco e o preto."
"O pé-direito duplo não é bom na sala porque faz a gente se sentir pequeno. Deve medir no máximo 3,5 m, para o ambiente ficar acolhedor."
"O biombo, como a porta de correr, integra os espaços do living e os isola, se necessário."
"Criamos sempre portas altas, até o pé-direito, para ampliar e deixar o ambiente agradável."
"Fazemos o cortineiro como se fosse uma moldura, com luz embutida que lava a cortina."
A meia-luz |
Quanto mais quente, melhor |
Cores, estampas e texturas |
Top 10
Mesmo quando a luminosidade é escassa, ainda assim dá para ter plantas na sala, na cozinha e no escritório. O espaço pode ser adaptado à chegada de alguns vasos ou até mesmo de um canteiro. Mostramos três soluções e as dez espécies que têm sinal verde para habitar a sua casa
Texto Gabriela Pestana. Repórteres de imagem Ana Cláudia Marques, Nuria Uliana e Juliana FanchiniToque de natureza
A palavra de ordem desse projeto no bairro de Moema, em São Paulo, era integração. Sala de estar e cozinha tiveram suas paredes derrubadas, e um escritório foi montado no espaço para que toda a família pudesse estar junta, mesmo em atividades diferentes. Como a moradora Priscila Smith adora plantas, ela solicitou à arquiteta Taícia Negrin, da Marques Kalaidjian Arquitetura e Paisagismo, que o verde estivesse presente dentro do ambiente. Taícia escolheu espécies que suportam bem locais sombreados, como o asplênio: "Ele dá volume devido às folhas grandiosas e é uma ótima opção para interiores", aconselha a paisagista. Sucesso nos anos 1980 e de volta ao paisagismo depois de alguns anos no esquecimento, a samambaia e a samambaia-prata também foram eleitas por se adaptarem bem a ambientes internos.
A samambaia-prata é adequada para ambientes internos, seja em vasos ou em jardins de inverno. Externamente, pode ser cultivada em jardineiras, canteiros e vãos entre muros ou paredes | Plantados em vasos e dispostos sobre a mesa do escritório, o asplênio (1), a samambaia-prateada (2) e a samambaia (3) trazem um clima mais intimista ao ambiente |
Texto Gabriela Pestana. Repórteres de imagem Ana Cláudia Marques, Nuria Uliana e Juliana Fanchini
A dracena (4), além de ser boa para interiores, é superútil para cerca vivas. Já a columeia (5) pode ser cultivada como forração, mas também é uma ótima opção como planta pendente. A mesa de madeira e os objetos de decoração sobre ela são da Madera Um. Almofada de seda do Empório BeraldinA varanda virou jardim interno
Uma mudança na planta estrutural deste apartamento no bairro do Pacaembu, em São Paulo, deu novos ares à sala de estar da moradora, uma psicóloga apaixonada pelo paisagismo. A antiga varanda recebeu uma reforma e foi integrada à sala onde criou-se um jardim interno. Luisa Toledo, paisagista responsável, teve o apoio das arquitetas Silva Curi e Flavia Yazbek para definir o canto preferido da moradora: "Poderia ter colocado vasos com plantas, mas optei por realmente tornar esse espaço um jardim interno. O canteiro com terra recebeu pedriscos para que, quando as plantas fossem regadas, a terra molhada não espirrasse nos móveis", diz Luisa. Visivelmente adaptadas ao espaço, a dracena e a columeia – perfeita para interiores – trouxeram mais vida ao apê da psicóloga.
Vasos na cozinha
Os temperos e as ervas aromáticas sempre serão bem-vindos na cozinha, mas suculentas, flores-de-maio, avencas e dinheiros-em-penca também podem ser usados sem moderação dentro de casa. O projeto de autoria da paisagista Patrícia França, em um apartamento no bairro paulistano de Higienópolis, é um bom exemplo de como ter plantas além da área externa. "Antes de tudo, é necessário verificar a condição de luz e vento do espaço", orienta a paisagista.
Dispostos nas prateleiras, os vasos com as espécies aromáticas continuam à mão na hora da culinária, mas receberam a companhia de plantas decorativas, que trouxeram mais frescor ao espaço onde a família se reúne para as refeições.